Já dizia Monteiro Lobato: ”Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê.” E se você ainda não se considera um bom leitor, que tal você começar esse hábito com livros divertidos e informativos sobre viagens? Ler um bom livro é uma maneira divertida e diferente de viajar sem sair de casa.

Viajar sem sair de casa

Muitas vezes a gente acaba programando uma viagem mas por algum motivo ou outro temos que adiar e passar as férias em casa. Mas isso não pode e nem deve ser sinal de tristeza. Bora fazer desse limão uma limonada e viajar sem sair de casa com os livros.

E se você está aí sem saber por onde começar eu decidi compartilhar minha lista com você. Alguns eu já li, outros ainda não mas estão na fila pra isso acontecer logo. E para começar essa lista, resolvi compartilhar primeiro os livros sobre viagens.

Mas caso você queira outro gênero, ou quer me indicar algum comenta abaixo pra mim! Vou adorar compartilhar mais sobre isso e/ou acrescentar mais livros na minha lista pessoal. Afinal, livros nunca é demais não é mesmo? Então, vamos começar?

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1- O grande bazar ferroviário – de Paul Theroux

O amor do escritor americano Paul Theroux pelos trens é responsável por alguns dos melhores relatos de viagem da literatura moderna. O primeiro deles foi o clássico ‘O Grande Bazar Ferroviário – De Trem pela Ásia’ publicado originalmente em 1975 e inédito no Brasil.

Na tradição dos grandes escritores-viajantes Theroux leva seu olhar curioso e observador ao vasto continente asiático e seu longo itinerário vai se desenrolando diante do leitor como um exuberante mosaico de paisagens e sensações.

Dos elegantes vagões do Expresso do Oriente aos vagarosos e surrados trens indianos dos luxuriantes arrozais vietnamitas às imaculadas estepes da Sibéria o que interessa ao autor-viajante mais do que os países em si são os trens e seus passageiros.

Assim a epopéia asiática de Theroux é pontuada por pessoas e são os seus depoimentos narrados com elegante ironia que fazem de ‘O Grande Bazar Ferroviário’ um passeio delicioso.

Partindo de Londres em uma tarde de outono Theroux segue pela Itália Iugoslávia e Bulgária até a Turquia e as belíssimas mesquitas de Istambul. Atravessa o Irã Afeganistão e Paquistão para chegar à Índia onde fica impressionado com a multidão e a pobreza. Adentra o Extremo Oriente pela Birmânia e passa por Tailândia Malásia Cingapura Camboja e Vietnã onde constata as marcas profundas deixadas pela recém-terminada guerra contra os Estados Unidos.

Seu périplo se conclui com uma passagem pelos asseptizados trens-bala do Japão e um derradeiro e interminável trajeto a bordo do mítico Expresso Transiberiano cruzando as paisagens desoladas do interior da União Soviética.

Pródigo em anedotas e situações inusitadas mas também em argutas observações sobre os países que atravessa Theroux constrói um retrato multifacetado de um continente em transformação.

A Ásia que ele visitou há trinta anos não existe mais, mas é possível ver em seu relato os indícios das turbulências que hoje a convulsionam assim como a riqueza e diversidade de suas paisagens e culturas.

2- Pé na estrada – de Jack Kerouac

Responsável por uma das maiores revoluções culturais do século XX, “On the Road”, traduzido por Eduardo Bueno, mantém intacta sua aura de transgressão, lirismo e loucura.

Como o gemido lancinante e dolorido de “Uivo”, de Allen Ginsberg, o brado irreverente e drogado de “Almoço Nu”, de William Burroughs, ou a lírica emocionada e emocionante de Lawrence Ferlinghetti, “On the Road” escancarou ao mundo o lado sombrio do sonho americano. A partir da trip de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriarty –, de Paterson, New Jersey, até a costa oeste dos Estados Unidos, atravessando literalmente o país inteiro a partir da lendária Rota 66, Jack Kerouac inaugurou uma nova forma de narrar.

Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, Kerouac escreveu em três semanas a primeira versão do que viria a ser “On the Road”. Uma prosa espontânea, como ele mesmo chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência. Mas o manuscrito foi rejeitado por diversos editores e o livro foi publicado somente em 1957, após alterações exigidas pelos editores.

A obra-prima de Kerouac foi escrita fundindo ação, emoção, sonho, reflexão e ambiente. Nesta nova literatura, o autor procurou captar a sonoridade das ruas, das planícies e das estradas americanas para criar um livro que transformaria milhares de cabeças, influenciando definitivamente todos os movimentos de vanguarda, do be bop ao rock, o pop, os hippies, o movimento punk e tudo o mais que sacudiu a arte e o comportamento da juventude na segunda metade do século XX.

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3- Pelas trilhas de compostela: O relato de uma viagem Laica – de Jean Christophe Ruffin

Santiago de Compostela é sem dúvida um dos destinos de peregrinação mais populares dos nossos tempos, com cerca de 200 mil visitantes por ano. Jean-Christophe Rufin, renomado escritor, acadêmico e diplomata, relata sua jornada de 800 quilômetros pelo Caminho do Norte, muito menos movimentado do que a usual rota dos peregrinos, até Santiago de Compostela.

Ao longo do caminho, a experiência física torna-se uma reflexão em busca de si mesmo. O autor, um peregrino incomum, se torna um observador lúcido que descreve com um senso de humor único sua jornada pelas costas do País Basco e da Cantábria e através das montanhas das Astúrias e da Galícia.

Pelas trilhas de Compostela apresenta histórias engraçadas, personagens inusitados e um delicioso exercício de autocrítica para aqueles que partem sem um objetivo específico, mas que acabam encontrando uma inesperada motivação para continuar a jornada. Um dos grandes relatos de viagem dos nossos tempos.

4- Cem dias entre o céu e o mar – de Amyr Klink

Navegando ao lado dos peixes, entretendo conversas com gaivotas e tubarões, remando no meio de uma creche de baleias, Cem dias entre céu e mar é o relato de uma travessia absolutamente incomum: mais de 3500 milhas (cerca de 6500 quilômetros) desde o porto de Lüderitz, no sul da África, até a praia da Espera no litoral baiano, a bordo de um minúsculo barco a remo.

Verdadeira odisséia moderna, neste livro, Amyr Klink transporta o leitor para a superfície ora cinzenta, ora azulada do Atlântico Sul, tornando-o cúmplice de suas alegrias e seus temores, ao mesmo tempo em que narra, passo a passo, os preparativos, as lutas, os obstáculos e os presságios que cercaram a extraordinária viagem.

5- As cidades invisíveis – de Italo Calvino

“Se meu livro As cidades invisíveis continua sendo para mim aquele em que penso haver dito mais coisas, será talvez porque tenha conseguido concentrar em um único símbolo todas as minhas reflexões, experiências e conjeturas.”

Assim se refere o próprio Italo Calvino – um dos escritores mais importantes e instigantes da segunda metade do século XX – a este livro surpreendente, em que a cidade deixa de ser um conceito geográfico para se tornar o símbolo complexo e inesgotável da existência humana.

6- Livre – de Cheryl Strayed

O best-seller Livre – A jornada de uma mulher em busca do recomeço teve seus direitos comprados pela atriz e produtora Reese Witherspoon, protagonista de Legalmente loira e ganhadora do Oscar de melhor atriz por Johnny & June. O filme conta com  Reese interpretando Cheryl.

Aos 22 anos, Cheryl Strayed achou que tivesse perdido tudo. Após a repentina morte da mãe, a família se distanciou e seu casamento desmoronou. Quatro anos depois, aos 26 anos, sem nada a perder, tomou a decisão mais impulsiva da vida: caminhar 1.770 quilômetros da chamada Pacific Crest Trail (PCT) – trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos – sem qualquer companhia.

Cheryl não tinha experiência em caminhadas de longa distância e a trilha era bem mais que uma linha num mapa. “Minha caminhada solitária de três meses pela costa oeste teve muitos começos. Mas, na realidade, minha caminhada começou antes de eu sequer imaginar empreendê-la, mais precisamente quatro anos, sete meses e três dias antes, quando estava em um pequeno quarto da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota, e soube que minha mãe ia morrer”, escreve a autora.

O contato de Cheryl com a vida selvagem tem antecedentes. Ao completar 10 anos, sua família mudou-se para a área rural de Minnesota. Não havia eletricidade, água corrente, banheiro interno – nada, entretanto, que se comparasse ao que enfrentou na caminhada solitária. Como se não bastassem a exaustão, o frio, o calor, a dor, a sede e a fome, Cheryl tinha ainda que enfrentar outros fantasmas. “Todo processo de transformação pessoal depende de entrega e aceitação”, afirma.

Você pode encontrar esses e outros livros na amazon, ou em livrarias físicas na sua cidade. E você, já leu algum deles?

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